Escrito por: Mia Gomes
Os aplicativos de celular que
servem de guia para a melhora da saúde mental e como devemos utilizados
corretamente.
Você deve ter notado que no dia
09 alguns influenciadores desativaram suas contas no Instagram, grandes nomes
como Ana Maria Braga, Evaristo Costa e Fabio Porchat surpreenderam os
seguidores ao saírem da plataforma sem aviso prévio, porém no dia 10 reativaram
suas contas e deram uma explicação sobre o ocorrido. A saída da rede social na
verdade foi uma forma de divulgação da campanha #ComoVaiVocê criada pelo CVV
(Centro de Valorização da Vida) para estimular a conversa sobre prevenção ao
suicídio.
O Setembro amarelo nasceu em 2015
justamente com o propósito de trazer um diálogo sobre o suicídio, só no Brasil
em 2016 foram registrados 11.433 casos de pessoas que tiraram a própria vida o que
representa um crescimento de 2,3% em relação ao ano anterior e pesquisas
desenvolvidas pelo CVV apontam que uma pessoa comete suicídio a cada 45 minutos
no Brasil e aproximadamente 60% das pessoas não buscam ajuda psicológica.
Mas onde a tecnologia entra para ajudar a população?
Nos últimos anos tem surgido
diversos aplicativos que auxiliam na construção da saúde mental ao propor
momentos de reflexão e atividades físicas que servem de guia para os usuários que
necessitam de apoio de uma forma acessível pois com a globalização tecnológica
existem mais de 5 bilhões de usuários únicos de telefone celular o que torna o
auxílio a saúde mental mais prático e rápido a todos que necessitam. “Essa
é uma estratégia que pode ajudar milhões de pessoas que não têm os cuidados
adequados para depressão e ansiedade por questões como falta de tempo, de
dinheiro ou relutância de falar com um terapeuta” afirma David Mohr, diretor do
Centro de Intervenções Tecnológicas Comportamentais da Universidade de
Northwestern, nos Estados Unidos.
Alguns desses aplicativos que
auxiliam na busca por controle emocional estão disponíveis gratuitamente na
Play Store e App Store, esse aplicativos utilizam de pesquisas e perguntas ao
usuário para saberem em que nível emocional o mesmo se encontra. Um dos mais famosos aplicativos de saúde
mental é o Cíngulo: Terapia Guiada que faz inicialmente uma série de perguntas
para tentar conhecer um pouco mais do usuário e utilizando áudios e textos para
auxilia-lo com ansiedade, estresse, autoestima e muito mais, já com o Fabulous
você cria uma rotina que une meditação com exercícios físicos para auxiliar na
calma e ânimo. O Talkspace permite que
você entre em contato com terapeutas licenciados para conversar por mensagem de
texto e chamadas de vídeo e o Cogni ajuda a entender seus sentimentos para que
você saiba por onde começar a tratar sua saúde mental.
O Deprexis tem sido desenvolvido para ajudar
em tratamentos de depressão e já chegou ao mercado com aprovação pela ANVISA (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) possui o intuito de ser um acompanhamento
interativo para pacientes diagnosticados, porém só pode ser utilizado com
prescrição médica. "Ele é um amigo: nos encoraja, perdoa quando nos afastamos
dele, faz pensar no exagero das nossas angústias e nos mostra como a ruminação
(mental) não serve para nós. Ele nos segue dia e noite, insistindo em mostrar
que temos recursos próprios para viver como se não houvesse depressão” diz
uma de suas usuárias que luta contra a depressão.
Mas atenção, o uso dos
aplicativos não é uma alternativa ao acompanhando psicológico de profissionais,
eles servem como auxilio para você descobrir por onde começar seu tratamento então
os usuários devem procurar ajuda médica profissional para ter um avanço em seu
estado emocional. “Os aplicativos são bons, porém a grande maioria é sobre
autoajuda o que pode confundir o público” informa Gisele, estudante de
psicologia da Uninove “Eles auxiliam, porém falta o contato humano e saber que
está sendo ouvido é um fator importante para melhora de um paciente”.
Você sabia?
As redes sociais Twitter e Tumblr
mostram um aviso automático sobre a prevenção ao suicídio quando é feita uma
pesquisa sobre a palavra.
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